O que não gosto: Muita Coisa
Messenger: benjamim_gouveia@hotmail.com
Delícias
Delicias...Sonoras
moon phases |
Tic Tac Tic Tac...
O carteiro toca sempre duas vezes...
Quando chegares ao outono da tua vida vais-te aperceber disso...
A message
My song is love
Love to the loveless shown
And it goes up
You don’t have to be alone
Your heavy heart
Is made of stone
And it’s so hard to see clearly
You don’t have to be on your own
You don’t have to be on your own
And i’m not gonna take it back
And i’m not gonna say I don’t mean that
You’re the target that i’m aiming at
And I'll get that message home
My song is love
My song is love unknown
And i’m on fire for you, clearly
You don’t have to be alone
You don’t have to be on your own
And i’m not gonna take it back
And i’m not gonna say I don’t mean that
You’re the target that i’m aiming at
And i’m nothing on my own
Got to get that message home
And i’m not going to stand and wait
Not gonna leave it until it’s much too late
Oh, on a platform i’m gonna stand and say
That i’m nothing on my own
And I love you, please come home
My song is love, is love unknown
And i’ve got to get that message home
Coldplay - A Message
a nossa sociedade
É uma valente merda.
Tenho dito!
Esmoriz, Granja, Coliseu, Cais...
Esmoriz e Granja serão sempre as nossas praias.
O Coliseu será sempre o nosso coliseu.
O Cais será sempre o nosso cais.
Aconteça o que acontecer, estes lugares fazem parte de nós; espalhámos beijos abraços sorrisos lágrimas olhares por estes lugares.
Amar
"Que pode uma criatura senão,
entre outras criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?"
- Carlos Drummond de Andrade
Ver-te
"Ver-te é como ter á minha frente todo o tempo
é tudo serem para mim estradas largas
estradas onde passa o sol poente
é o tempo parar e eu próprio duvidar mas sem pensar
se o tempo existe se existiu alguma vez
e nem mesmo meço a devastação do meu passado"
- Ruy Belo
Tu(parte II)
Fazes-me bem e fazes-me falta.
Fizeste-me sentir estável, deste-me protecção.
Daí aquele meu olhar e aquele silencio.
Era o olhar e o silencio dum protegido.
Tu
Sonhar a revolução; tê-la no horizonte.
Ir contra o moralmente correcto, pelo sonho e aguentar o preço da felicidade sonhada e desejada.
Subir acima das nuvens, e de lá, ver o pôr-do-sol num silencio demorado; como se vê o céu no céu dos deuses.
Ouvir o ar, respirar a pureza do ar.
E estares lá, ao meu lado, na partilha da alegria que sempre sonhaste e que ate então lhe virastes costas, porque no fundo, bem lá no fundo, sempre tiveste receio de ser feliz; acomodaste-te ao que conseguiste; acomodaste-te à limitação dos teus sonhos.
O amor acontece, a paixão acontece, o descontrolo acontece, a confusão acontece.
Sabes (eu sei que sabes) que estarei sempre por ti, sempre que precisares estarei ao teu lado.
Tenho a plena certeza que é uma questão de tempo: ou seremos felizes ou seremos infelizes.
A questão é: tens medo?
(ou apenas o prazer...)
Ouvir um tango, Rodrigo, Pedro, Adriana e apreciar Dali...
Se eu fosse um dia o teu olhar...
Dançaria um tango de pañuelo blanco.
Alvalade, 14 de Agosto de 2005
U2 U2 U2 U2 U2 U2 U2 eu tou lá e tu? |
No sorriso louco das mães batem as leves gotas de chuva. Nas amadas caras loucas batem e batem os dedos amarelos das candeias.Que balouçam. Que são puras. Gotas e candeias puras. E as mães aproximam-se soprando os dedos frios. Seu corpo move-se pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões e orgãos mergulhados, e as calmas mães intrínsecas sentam-se nas cabeças filiais. Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado, vendo tudo, e queimando as imagens, alimentando as imagens, enquanto o amor é cada vez mais forte. E bate-lhes nas caras, o amor leve. O amor feroz. E as mães são cada vez mais belas. Pensam os filhos que elas levitam. Flores violentas batem nas suas pálpebras. Elas respiram ao alto e em baixo. São silenciosas. E a sua cara está no meio das gotas particulares da chuva, em volta das candeias. No contínuo escorrer dos filhos. As mães são as mais altas coisas que os filhos criam, porque se colocam na combustão dos filhos, porque os filhos estão como invasores dentes-de-leão no terreno das mães. E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos, e atiram-se, através deles, como jactos para fora da terra. E os filhos mergulham em escafandros no interior de muitas águas, e trazem as mães como polvos embrulhados nas mão se na agudeza de toda a sua vida. E o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa, e através dele a mãe mexe aqui e ali, nas chávenas e nos garfos. E através da mãe o filho pensa que nenhuma morte é possível e as águas estão ligadas entre si por meio da mão dele que toca a cara louca da mãe que toca a mão pressentida do filho. E por dentro do amor, até somente ser possível amar tudo, e ser possível tudo ser reencontrado por dentro do amor. Herberto Helder |
O navio de espelhos O navio de espelhos não navega, cavalga Seu mar é a floresta que lhe serve de nível Ao crepúsculo espelha sol e lua nos flancos Por isso o tempo gosta de deitar-se com ele Os armadores não amam a sua rota clara (Vista do movimento dir-se-ia que pára) Quando chega à cidade nenhum cais o abriga O seu porão traz nada nada leva à partida Vozes e ar pesado é tudo o que transporta E no mastro espelhado uma espécie de porta Seus dez mil capitães têm o mesmo rosto A mesma cinta escura o mesmo grau e posto Quando um se revolta há dez mil insurrectos (Como os olhos da mosca reflectem os objectos) E quando um deles ála o corpo sobre os mastros e escruta o mar do fundo Toda a nave cavalga (como no espaço os astros) Do princípio do mundo até ao fim do mundo |
Mario Cesariny
Pensei...
Pensei um dia que isso não fosse possivel. Até que um dia foi possivel.
Algumas noites em claro depois, alguns sonhos depois, vi que afinal não era possivel.
As coisas são como são; a cama que fazemos é a cama que nos deitaremos.
O Navio dos Espelhos atracou no meu porto; é momentaneo. Conto regressar àquele canto de areia fina, onde uma estrela-do-mar se confunde com uma gruta roxa, rouca.
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